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terça-feira, 28 de março de 2023

MOMENTO CONVIVA: MÚSICA "GENTE FELIZ"- VANESSA DA MATA - LEITURA E ATIVIIDADES PARA ALUNOS DOS ENSINOS FUNDAMENTAL E MÉDIO / Prof.Sérgio Luiz de Mello


GENTE  FELIZ

Gente feliz não se incomoda com pouco
Eu acho que a felicidade não vem só
Os meus amigos eu escolho são sócios
Da alegria que eu gosto de levar
Gente feliz não se incomoda com os outros
Cada um tem sua maneira de existir
Se cuide para não ficar amargurado
Não seja o tipo que reclama e fica sentado
Não procure mais
Gente que te faz sofrer
Pra que o autoabuso?
Dar o rosto a bater?
Há problema sim
Sem beijo na boca
Sem solução mágica
Vamos trabalhar
Eu vi o sorriso de Nelson Mandela
É quando meu coração desmantela
Ouvindo as notas precisas de Fela
E vendo as cores que pintam na tela
Sinceridade, sinceridade
O sorriso do bem tem que ser de verdade
Sinceridade, sinceridade
O sorriso do bem tem que ser de verdade
Eu vou fazer uma mandinga pra tirar quizila
E o sorriso amarelo descer na banguela
E mergulhar no teu juízo
Eu vou fazer uma mandinga pra tirar quizila
E o sorriso amarelo descer na banguela
E mergulhar no teu juízo
Não procure mais
Gente que te faz sofrer
Pra que o autoabuso?
Dar o rosto a bater?
Há problema sim
Pois estamos vivos
Se existe vida
Vamos celebrar
Não deixe que ninguém te tire o sorriso
Há sempre alguma coisa para celebrar
Não deixe que ninguém te tire o sorriso
Há sempre alguma coisa para celebrar
Não deixe que ninguém te tire o sorriso
Há sempre alguma coisa para celebrar

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ATIVIDADES

PARTE  1

LÍNGUA  INGLESA ( 6ºanos A e B)

1- Usar os recursos do Google Tradutor, traduzir a música para a Língua Inglesa. Anotar no caderno.

2- Identificar  de 5 a 10  palavras cognatas e destacar no caderno, observando as semelhanças com a língua materna.

3-Escrever um pequeno comentário em Língua Portuguesa a respeito da música. Depois, transcreva-o em Língua Inglesa, usando os recursos do Google Tradutor.

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PARTE 2-  (Leitura e interpretação)

1-  A música possui onze estrofes. Leia com bastante atenção cada um deles e escreva em seu caderno o que você compreendeu de cada um. (Individual ou em grupos de até 4 pessoas)

2-  Escrever o seu conceito de felicidade.

3- " Gente feliz não se incomoda com os outros
   Cada um tem sua maneira de existir" - O que podemos compreender desses versos?

4- Quais conselhos podemos retirar dos versos abaixo?
"Se cuide para não ficar amargurado
Não seja o tipo que reclama e fica sentado"

5- Qual é o teu perfil? Reclama e fica sentado ou Nada diz e sempre está em movimento? Explique.

6- Segundo a música, existem problemas. Diante deles, o que deve ser feito.

7- Explique o porquê do sorriso do bem, segundo o poema.

8-  Qual é o conselho no final da música ? Você estaria disposto a seguir ? Justifique.

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SCALA  EM MOVIMENTO, PROMOVENDO A 

HARMONIA   EM  TODOS  OS  TEMPOS!!

segunda-feira, 20 de março de 2023

SUPORTE PEDAGÓGICO- TECNOLOGIA E INOVAÇÃO: 1ºSÉRIES A e B-EM, PERFIL DE INTERNAUTA (Prof.Sérgio Luiz de Mello)


ATIVIDADES
1- Após assistir ao vídeo, registrar um comentário sobre ele. Explique o porquê se você concorda ou discorda das ideias.

2- Analisar as informações abaixo e classifique-as com a melhor palavra segundo o seu entendimento:

3- Com base nas respostas da questão anterior, escrever como deveria ser o perfil ideal de um internauta. 

4- Responda o QUIZ a seguir sobre o perfil de internauta: https://pt.quizur.com/quiz/que-tipo-de-internauta-voce-e-cm  (Registrar as suas respostas no caderno e, depois socialize-as com o professor e amigos)
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SCALA EM MOVIMENTO, CULTURA E CONHECIMENTO EM TODO O TEMPO!!

SUPORTE PEDAGÓGICO - TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, 2ºAno A e B-EM O que é pensamento computacional ? (Prof.Sérgio Luiz de Mello)


Após o vídeo, anotar e responder em seu caderno:


1- Conceito de Pensamento Computacional.
2- Quais são os 4 pilares do Pensamento Computacional? Quais são os seus significados?
3-  Utilizar os 4 Pilares do Pensamento Computacional para resolver um problema do cotidiano. Você acredita que possa resolver tal problema?  (Realizar em grupos de até 4 pessoas )

PS: Transcrever as ideias da Questão 3 em folha à parte ou enviar ao professor pelo WhatsApp até 07/04. 

(Essa atividade é uma adaptação do Currículo em Ação- 2ºsérie do EM-2023)

SCALA  EM  MOVIMENTO,  CULTURA   E CONHECIMENTO EM  TODO  O  TEMPO!!

domingo, 12 de março de 2023

DIA 13 DE MARÇO DE 2023: 66º ANIVERSÁRIO DA E.E. MARIA ANGERAMI SCALAMANDRÉ. ENTREVISTA COM CÁTIA CRISTINA GARCIA- SUPERVISORA DE ENSINO, POR PROFª ME. WALDERÊS VIEIRA

Criação e idealização: Profª Cássia Campos

 HOJE É DIA DE FESTA!!

SCALA COMPLETA 66 ANOS!!

Vamos agora ler alguns depoimentos de pessoas que fizeram e ainda fazem parte dessa gloriosa história!!

Gestores e professores falam da data tão importante para a nossa escola!!


1- Luciane de Camargo Mendes- Ilma. Dirigente de Ensino da Região de São Roque

"Rosane, que vídeo lindo.
A retrospectiva ficou show!
Quanta história, quanta vida, quanta gente teve sua vida mudada em função da escola. 
Parabéns!
Obrigada por compartilhar!
Viva para  os 66 anos da escola Scala!"
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2- Débora Fernanda Dias de Moraes Vieira - Ilma. Diretora de Escola da E.E. Lino Vieira Ruivo- Ibiúna-SP.


"Que lindo Rosane!❤️
E que nostalgia...🥹
Fiz parte dessa história como aluna, vivi momentos incríveis, nos projetos,  aulas e principalmente nas gincanas e que gincanas!!
Muito carinho por essa escola❤️
Parabéns pelo trabalho que você junto a sua equipe realizam, pois carregam a missão de continuar promovendo mudanças na vida dos jovens que passam por essa escola. Sou prova disso❤️🙏🏻👏🏻👏🏻"

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3- Roque Cordeiro Soares- Ilmo. Diretor de Escola da E.E.Euclides Maria Borba- Ibiúna-SP.


"Parabéns Rosane ficou lindo estou emocionado pois fiz parte da família Scalamandre por 17 anos da minha vida. Obrigado."

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4- Josilaine Medeiros- Ex-aluna 

"Nossa, muito legal 🤗 Relembrei meus tempos de aluna do Ensino Médio aí 🥰👏🏽"
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5- Sérgio Luiz de Mello- Professor da Unidade Escolar no tempo em que era Período Parcial e desde 2020 , integrante do Programa Ensino Integral.


" Afirmo com imenso carinho que quando comecei a minha carreira docente em 1998, trabalhei nas escolas E.E.Prof.Roque Bastos, E.E.Maria Angerami Scalamandré e E.E.Profª Laurinda Vieira Pinto- em Ibiúna.
Tive o prazer de trabalhar com grandes professores da época da Scala, como  Ângela Ramalho, Malir Teresinha Ramalho, Maria Izabel Cirilo, Odete Saito, Sônia Méola, Soraya Batista, Geraldo Vicente, Chiquinho , Luciana Carmelo, Kunio Matsuda, Fernanda Matsuda, Márcia Campos, Norma Sueli, Cassemiro Barreto, Luiz Albertin, Luiz Alberto Middendorf, Maria de Fátima, Maureen Germano e outros, além de ter como diretora a Srª Nery Tonneli. Na Scala eu aprendi s ser um profissional, pois, , desde aquela época, a escola tinha uma enorme tradição como a melhor de Ibiúna.
Tempos passaram e, depois de treze anos, voltei ao lugar que me lançou como educador. Aceitei o desafio de trabalhar no programa PEI e não me arrependo com essa decisão. Hoje, em tempos modernos, vejo uma escola aprendente e muito mais humana, com grandes alunos, uma equipe docente de primeira linha e uma Gestão comprometida com o bom andamento dela.
Quando comecei a trabalhar em 1998, a inspetora de alunos da época é a nossa atual Supervisora de Ensino- Cátia Garcia. Sempre sorridente e disposta em fazer o melhor. Não poderia deixar de mencionar isso!!
Parabéns Scala!! É um prazer enorme viver intensamente esse momento!!"
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Assista a entrevista com Cátia Cristina Garcia- Supervisora de Ensino, realizada pela ProfªMe. Walderês Vieira, acessando ao link: https://drive.google.com/file/d/1-hr1CHuk2doqSVxsYnRsRGy6UXivJqwO/view?usp=sharing

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Veja mais imagens desse grande dia, acesse : https://photos.app.goo.gl/3S2nUbDjd5zhjFWbA
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SCALA  EM  MOVIMENTO,  COMEMORANDO A  DATA  DE  13  DE  MARÇO  COM  ENORME CONTENTAMENTO!!!

quinta-feira, 9 de março de 2023

ELETIVA "NOS TRILHOS DA MÚSICA: DA ANTIGUIDADE À CONTEMPORANEIDADE"- A HISTÓRIA DA MÚSICA- Profs.Saburo Manabe e Sérgio Luiz de Mello

 

A História da Música (Aulas de 10/03/23)

A História da música é muito antiga, visto que desde os primórdios os homens produziam diversas formas de sonoridade.

Esse é um tipo de arte que trabalha com a harmonia entre os sons, o ritmo, a melodia, a voz.

Todos esses elementos são importantes e podem nos transportar para outro tempo e espaço, resgatar memórias e reacender emoções.

Veremos como essa linguagem artística caminhou durante os séculos até os nossos dias para adquirir as características que possui hoje no Ocidente.

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Em nossa Eletiva, será oferecido aos estudantes as possibilidades de conhecerem um pouco de teoria musical, entender que "Música é uma Arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma, mediante o som"- conforme Paschoal Bona. E que ela se divide em três partes: melodia, harmonia e ritmo. Aos poucos, no transcorrer das aulas do semestre, tais conhecimentos serão detalhados.

Vamos agora acessar o link https://www.todamateria.com.br/historia-da-musica/ para adquirirmos mais conhecimentos. Anote em seu caderno  ou acessar com frequência tais informações como prova de que a atividade proposta está sendo realizada. Mostrar posteriormente aos seus professores.

ATIVIDADES

1- Ouçamos agora uma importante obra do compositor Antonio Vivaldi- "As quatro estações" . Anote o que você sentiu ao ouvi-la.


2- Agora, ouçamos a seguinte música sertaneja. Escrever as sensações após a audição da mesma.





VALEU   GALERA!!

         

SCALA  EM  MOVIMENTO, PROPORCIONANDO  ELETIVAS  COM QUALIDADE  E  CONHECIMENTO!!

quarta-feira, 8 de março de 2023

DIA 08 DE MARÇO- DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Uma singela homenagem àquelas que são tão importantes a todos nós!!

O que falar daquelas que em primeiro momento nos deu o dom mais precioso, o dom da Vida?
Sim, são as nossas queridas e respeitáveis mulheres !!
Um dia é muito pouco para que sejam expressos todos os valores e qualidades que constituem tal ser maravilhoso. 
No entanto, tal compreensão dos mesmos são ignorados por uma grande maioria, refletindo em ações violentas e machistas, que não cabem nessa homenagem.
Infelizmente precisamos de leis para que sejam respeitados os direitos das mulheres. Muitas são escritoras, cientistas, profissionais liberais... professoras e... mães!! Enfim, toda a mulher pode ser o que quiser, capacidades cognitivas e socioemocionais não lhes faltam!
Termino minhas palavras, relembrando e sempre cantando as ideias do nosso saudoso e querido Erasmo Carlos!! Parabéns querida mulheres!! Todo o dia é  o dia Internacional da Mulher!!


SCALA  EM  MOVIMENTO, PARABENIZANDO A  TODAS  AS  MUHERES  EM  TODOS  OS MOMENTOS!!

quarta-feira, 1 de março de 2023

TECNOLOGIA e INOVAÇÃO: O Papel das Mídias Alternativas- Turmas das séries 3ºA e 3ºB-EM (Prof.Sérgio Luiz de Mello)

ATIVIDADE  REFLEXIVA

Queridos estudantes!!

Após a exibição do vídeo, registrar a sua opinião no caderno de Tecnologia e a transcreva nos comentários dessa publicação. Os registros no caderno e no blog serão considerados como avaliação.


SCALA   EM  MOVIMENTO,  CULTURA  E  CONHECIMENTO  EM  TODOS  OS TEMPOS!!

PRÁTICAS EXPERIMENTAIS / REDAÇÃO: ALUNOS DOS 3ºANOS A e B-EM: Conto A aia- de Eça de Queiróz- Prof. Sérgio Luiz de Mello (Texto literário e vídeo com narração de Pedro Bandeira)

A Aia

Eça de Queirós

ERA uma vez um rei, moço e valente, senhor de um reino abundante em cidades e searas, que partira a batalhar por terras distantes, deixando solitária e triste a sua rainha e um filhinho, que ainda vivia no seu berço, dentro das suas faixas.

A Lua cheia que o vira marchar, levado no seu sonho de conquista e de fama, começava a minguar – quando um dos seus cavaleiros apareceu, com as armas rotas, negro do sangue seco e do pó dos caminhos, trazendo a amarga nova de uma batalha perdida e da morte do rei, traspassado por sete lanças entre a flor da sua nobreza, à beira de um grande rio. A rainha chorou magnìficamente o rei. Chorou ainda desoladamente o esposo, que era formoso e alegre. Mas, sobretudo, chorou ansiosamente o pai que assim deixava o filhinho desamparado, no meio de tantos inimigos da sua frágil vida e do reino que seria seu, sem um braço que o defendesse, forte pela força e forte pelo amor.

Desses inimigos o mais temeroso era seu tio, irmão bastardo do rei, homem depravado e bravio, consumido de cobiças grosseiras, desejando só a realeza por causa dos seus tesouros, e que havia anos vivia num castelo sobre os montes, com uma horda de rebeldes, à maneira de um lobo que, de atalaia no seu fojo, espera a presa. Ai! a presa agora era aquela criancinha, rei de mama, senhor de tantas províncias, e que dormia no seu berço com seu guizo de ouro fechado na mão!

Ao lado dele, outro menino dormia noutro berço. Mas este era um escravozinho, filho da bela e robusta escrava que amamentava o príncipe. Ambos tinham nascido na mesma noite de Verão. O mesmo seio os criava. Quando a rainha, antes de adormecer, vinha beijar o prìncipezinho, que tinha o cabelo louro e fino, beijava também por amor dele o escravozinho, que tinha o cabelo negro e crespo. Os olhos de ambos reluziam como pedras preciosas. Sòmente, o berço de um era magnífico e de marfim, entre brocados – e o berço do outro pobre e de verga. A leal escrava, porém, a ambos cercava de carinho igual, porque se um era o seu filho – o outro seria o seu rei.

Nascida naquela casa real, ela tinha a paixão, a religião dos seus senhores. Nenhum pranto correra mais sentidamente do que o seu pelo rei morto à beira do grande rio. Pertencia, porém, a uma raça que acredita que a vida da terra se continua no Céu. O rei seu amo, decerto, já estaria agora reinando num outro reino, para além das nuvens, abundante também em searas e cidades. O seu cavalo de batalha, as suas armas, os seus pajens tinham subido com ele às alturas. Os seus vassalos, que fossem morrendo, prontamente iriam, nesse reino celeste, retomar em torno dele a sua vassalagem. E ela um dia, por seu turno, remontaria num raio de luz a habitar o palácio do seu senhor, e a fiar de novo o linho das suas túnicas, e a acender de novo a caçoleta dos seus perfumes; seria no Céu como fora na terra, e feliz na sua servidão.

Todavia, também ela tremia pelo seu prìncipezinho! Quantas vezes, com ele pendurado do peito, pensava na sua fragilidade, na sua longa infância, nos anos lentos que correriam antes que ele fosse ao menos do tamanho de uma espada, e naquele tio cruel, de face mais escura que a noite e coração mais escuro que a face, faminto do trono, e espreitando de cima do seu rochedo entre os alfanges da sua horda! Pobre prìncipezinho da sua alma! Com uma ternura maior o apertava então nos braços. Mas se o seu filho chalrava ao lado – era para ele que os seus braços corriam com um ardor mais feliz. Esse, na sua indigência, nada tinha a recear da vida. Desgraças, assaltos da sorte má nunca o poderiam deixar mais despido das glórias e bens do mundo do que já estava ali no seu berço, sob o pedaço de linho branco que resguardava a sua nudez. A existência, na verdade, era para ele mais preciosa e digna de ser conservada do que a do seu príncipe, porque nenhum dos duros cuidados com que ela enegrece a alma dos senhores roçaria sequer a sua alma livre e simples de escravo. E, como se o amasse mais por aquela humildade ditosa, cobria o seu corpinho gordo de beijos pesados e devoradores – dos beijos que ela fazia ligeiros sobre as mãos do seu príncipe.

No entanto um grande temor enchia o palácio, onde agora reinava uma mulher entre mulheres. O bastardo, o homem de rapina, que errava no cimo das serras, descera à planície com a sua horda, e já através de casais e aldeias felizes ia deixando um sulco de matança e ruínas. As portas da cidade tinham sido seguras com cadeias mais fortes. Nas atalaias ardiam lumes mais altos. Mas à defesa faltava disciplina viril. Uma roca não governa como uma espada. Toda a nobreza fiel perecera na grande batalha. E a rainha desventurosa apenas sabia correr a cada instante ao berço do seu filhinho e chorar sobre ele a sua fraqueza de viúva. Só a ama leal parecia segura – como se os braços em que estreitava o seu príncipe fossem muralhas de uma cidadela que nenhuma audácia pode transpor.

Ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão, indo ela a adormecer, já despida, no seu catre, entre os seus dois meninos, adivinhou, mais que sentiu, um curto rumor de ferro e de briga, longe, à entrada dos vergéis reais. Embrulhada à pressa num pano, atirando os cabelos para trás, escutou ansiosamente. Na terra areada, entre os jasmineiros, corriam passos pesados e rudes. Depois houve um gemido, um corpo tombando molemente, sobre lajes, como um fardo. Descerrou violentamente a cortina. E além, ao fundo da galeria, avistou homens, um clarão de lanternas, brilhos de armas… Num relance tudo compreendeu – o palácio surpreendido, o bastardo cruel vindo roubar, matar o seu príncipe! Então, ràpidamente, sem uma vacilação, uma dúvida, arrebatou o príncipe do seu berço de marfim, atirou-o para o pobre berço de verga – e tirando o seu filho do berço servil, entre beijos desesperados, deitou-o no berço real que cobriu com um brocado.

Bruscamente um homem enorme, de face flamejante, com um manto negro sobre a cota de malha, surgiu à porta da câmara, entre outros, que erguiam lanternas. Olhou – correu ao berço de marfim onde os brocados luziam, arrancou a criança, como se arranca uma bolsa de ouro, e abafando os gritos no manto, abalou furiosamente.

O príncipe dormia no seu novo berço. A ama ficara imóvel no silêncio e na treva.

Mas brados de alarme atroaram de repente o palácio. Pelas janelas perpassou o longo flamejar das tochas. Os pátios ressoavam com o bater das armas. E desgrenhada, quase nua, a rainha invadiu a câmara, entre as aias, gritando pelo seu filho. Ao avistar o berço de marfim, com as roupas desmanchadas, vazio, caiu sobre as lajes, num choro, despedaçada. então calada, muito lenta, muito pálida, a ama descobriu o pobre berço de verga… O príncipe lá estava, quieto, adormecido, num sonho que o fazia sorrir, lhe iluminava toda a face entre os seus cabelos de ouro. A mãe caiu sobre o berço, com um suspiro, como cai um corpo morto.

E nesse instante um novo clamor abalou a galeria de mármore. Era o capitão dos guardas, a sua gente fiel. Nos seus clamores havia, porém, mais tristeza que triunfo. O bastardo morrera! Colhido, ao fugir, entre o palácio e a cidadela, esmagado pela forte legião de archeiros, sucumbira, ele e vinte da sua horda. O seu corpo lá ficara, com flechas no flanco, numa poça de sangue. Mas ai! dor sem nome! O corpozinho tenro do príncipe lá ficara também, envolto num manto, já frio, roxo ainda das mãos ferozes que o tinham esganado!… Assim tumultuosamente lançavam a nova cruel os homens de armas – quando a rainha, deslumbrada, com lágrimas entre risos, ergueu nos braços, para lho mostrar, o príncipe que despertara.

Foi um espanto, uma aclamação. Quem o salvara? Quem?… Lá estava junto do berço de marfim vazio, muda e hirta, aquela que o salvara! Serva sublimemente leal! Fora ela que, para conservar a vida ao seu príncipe, mandara à morte o seu filho… Então, só então, a mãe ditosa, emergindo da sua alegria extática, abraçou apaixonadamente a mãe dolorosa, e a beijou, e lhe chamou irmã do seu coração… E de entre aquela multidão que se apertava na galeria veio uma nova, ardente aclamação, com súplicas de que fosse recompensada, magnificamente, a serva admirável que salvara o rei e o reino.

Mas como? Que bolsas de ouro podem pagar um filho? Então um velho de casta nobre lembrou que ela fosse levada ao tesouro real, e escolhesse de entre essas riquezas, que eram como as maiores dos maiores tesouros da Índia, todas as que o seu desejo apetecesse…

A rainha tomou a mão da serva. E sem que a sua face de mármore perdesse a rigidez, com um andar de morta, como num sonho, ela foi assim conduzida para a Câmara dos Tesouros. Senhores, aias, homens de armas, seguiam num respeito tão comovido que apenas se ouvia o roçar das sandálias nas lajes. As espessas portas do Tesouro rodaram lentamente. E, quando um servo destrancou as janelas, a luz da madrugada, já clara e rósea, entrando pelos gradeamentos de ferro, acendeu um maravilhoso e faiscante incêndio de ouro e pedrarias! Do chão de rocha até às sombrias abóbadas, por toda a câmara, reluziam, cintilavam, refulgiam os escudos de ouro, as armas marchetadas, os montões de diamantes, as pilhas de moedas, os longos fios de pérolas, todas as riquezas daquele reino, acumuladas por cem reis durante vinte séculos. Um longo ah, lento e maravilhado, passou por sobre a turba que emudecera. Depois houve um silêncio, ansioso. E no meio da câmara, envolta na refulgência preciosa, a ama não se movia… Apenas os seus olhos, brilhantes e secos, se tinham erguido para aquele céu que, além das grades, se tingia de rosa e de ouro. Era lá, nesse céu fresco de madrugada, que estava agora o seu menino. Estava lá, e já o Sol se erguia, e era tarde, e o seu menino chorava decerto, e procurava o seu peito!… Então a ama sorriu e estendeu a mão. Todos seguiam, sem respirar, aquele lento mover da sua mão aberta. Que jóia maravilhosa, que fio de diamantes, que punhado de rubis, ia ela escolher?

A ama estendia a mão – e sobre um escabelo ao lado, entre um molho de armas, agarrou um punhal. Era um punhal de um velho rei, todo cravejado de esmeraldas, e que valia uma província.

Agarrara o punhal, e com ele apertado fortemente na mão, apontando para o céu, onde subiam os primeiros raios do Sol, encarou a rainha, a multidão, e gritou:

– Salvei o meu príncipe, e agora – vou dar de mamar ao meu filho!

E cravou o punhal no coração.

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SCALA  EM  MOVIMENTO,  LEITURA  E 

CONHECIMENTO  EM  TODO  O  TEMPO!!