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quarta-feira, 10 de junho de 2020

ARTIGO DE OPINIÃO: "Quente ou frio ?"- Maria Eduarda Tavares-2ºAno B (Atividade escrita de Língua Portuguesa- Profª Dani Valente)



Quente ou Frio ?
Maria Eduarda Tavares- 2ºAno B

Você sabe o que esse título quer dizer? Quente ou Frio? De qual lado você está? Qual dos dois você é? 
Oras, quente significa uma temperatura alta e frio, uma temperatura baixa. Mas espera, espera aí um minutinho. Será que é só isso que significa? Talvez na física, sim. Mas não na vida humana. 
A frase “vidas negras importam” é a coisa mais ridícula que poderíamos ouvir. Por que deveríamos protestar por (imensidões de) vidas que precisam ser ouvidas? Estas vidas já deveriam ter sua voz há muito tempo. Aliás, desde sempre, desde que o mundo é mundo. Afinal, são vidas! Vidas! Não são só cores; elas vão além disso: elas são vidas. Carne, ossos, músculos, cérebros, corações. São vidas. E tratamo-as como diferentes. Mas diferentes exatamente como? Como algo bom? Ruim? Se sua resposta foi “algo bom”, então acho que há algo diferente em você, não nelas. 
Ouvir pessoas, ou melhor, multidões!, dizendo que vidas negras são importantes, é algo que não deveria ter de ser ouvido. Deveria ser vivido, sentido e importado. 
É óbvio que isso não é um protesto do tipo racismo-inverso (vamos salvar as vidas brancas, yeah!!!). É um protesto pró vida. 
Pare por cinco minutos e reflita a seguinte pergunta: por que nós não estamos lutando como iguais?
Eu parei esses cinco minutos e sabe o que pensei? Vou lhe contar minha reflexão: nós não precisaríamos lutar contra nada e nem ninguém se nos tratássemos como iguais (que é o que somos).
Mas então você se questiona sobre o título. Ainda não entendeu, não é? Vamos para mais alguns tópicos antes de ser explicado por completo. 
Você é racista? Você não é racista mas também não faz nada contra o mesmo? Se as respostas forem positivas, meu amigo, a coisa está feia pra você. Ser racista é ruim, sem dúvida. Mas não ser racista e ao mesmo tempo não lutar contra ele, é ainda pior. É um anti-racismo falso. 
Pense nessa lista de nomes: Freddie Gray, Walter Scott, João Pedro Matos, Anthony Hill, Evaldo Rosa dos Santos, Antonio Martin, Marielle Franco, João Vitor, Eric Garner, Kimani Gray, Jonathan Ferrell... a lista só continua (aliás, pesquise pelo nome dessas pessoas). 
Agora pense nisso: o número de mortes de pessoas negras pelo covid-19 é cinco vezes maior no Brasil, nossa pátria amada. De 11 a 26 de abril, o número passou de 180 a 930 mortes. É uma pesquisa, não um palpite. Se questione sobre isso. A culpa de matar todas essas pessoas não é do coronavírus e, sim, porque elas vivem em periferias, sem dinheiro suficiente para manter suas famílias, sem alimento, sem remédios (porque, adivinhe: são pessoas que têm organismos e, uau!, elas adoecem). Mas por que elas estão lá? Por acaso estamos em 1820, onde os cérebros de negros eram menores segundo “pesquisas científicas” e, consequentemente, não conseguem pensar direito para passar num concurso público e nem (vejam só!) arrumar um trabalho decente? Não. Nós estamos em pleno século XXI, 2020. Já se passaram 132 anos desde a abolição dos escravos, mas ainda existem pessoas (negras, se ainda está com dúvidas do que estamos falando) que são tratadas como tal. 
E agora voltamos à questão: o que quer dizer isso de Quente e Frio? Meu caro, minha cara... ainda não compreenderam? Se você está do lado Quente, você faz por merecer. Você luta. Você se importa, você se une àqueles que precisam, você apoia, você tem compaixão. Mas se está do lado Frio... não há muito o que possa fazer em prol. Você está perdendo. Exatamente! Está perdendo. Quem perde é você, por não lutar. Lembre-se que se você desiste, você já perdeu. E a sua vida é tão importante quanto a de negros então por que não lutar? Por que não lutar por quem é igual a você? E se fosse sua família? Alguém que ama? É uma pessoa, um ser humano que é igual a você.
(Sinto que preciso colocar esse parágrafo em forma de parêntese para quem ainda não entendeu absolutamente nada: isso aqui não é uma luta contra pessoas brancas; isso aqui é uma luta contra pessoas que pensam como animais. Isso aqui é a favor da vida. Isso aqui é a favor da igualdade étnica. Pessoas a favor de pessoas, não cores lutando contra cores.) 
Vai ficar do lado Quente ou do lado Frio?

Maria Eduarda Tavares- 2ºAno B
SCALA  EM  MOVIMENTO, ARGUMENTAÇÃO DE BOAS IDEIAS ATIVANDO O BOM SENSO!!

AVISO IMPORTANTE A TODOS OS ALUNOS DA NOSSA QUERIDA ESCOLA




































SCALA  EM  MOVIMENTO,  INFORMAÇÃO VERDADEIRA  EM  TODO  O  MOMENTO !!

terça-feira, 9 de junho de 2020

MOMENTO REFLEXIVO: RECADO IMPORTANTE A PAIS, ALUNOS E PROFESSORES- Psicanalista Andrea Freire ( Indicação e colaboração de Maria Zilda Cesarotto, texto escrito por Rosane Dias)

Psicanalista Andrea Freire
(Compartilhamento e contribuição de Maria Zilda Cesarotto)

REFLETINDO SOBRE...  DESAMPARO  NA  QUARENTENA
Texto de Rosane Dias

Andrea nos remete a refletir sobre a sensação de desamparo nos tempos de quarentena, onde uma pandemia de um vírus invisível assola o Mundo.
Muitos são os medos, o da morte, da fome, do desemprego entre tantos sentimentos que surgem em cada um.
Como enfrentar tudo isso? Cada pessoa, independentemente da idade, reage de maneiras distintas.
É preciso  se reinventar e buscar mecanismos que não nos torne refém do vírus e, que busquemos na convivência, conhecer o outro e até mesmo, a própria família.
De repente , além de conhecer, criar novas formas de convivência, unindo-se, criando e se reinventando.
Certamente, o tempo há de passar rápido e, o melhor, sairemos fortalecidos dessa nova experiência.

20 dicas poderosas para você se relacionar melhor com as pessoas
Fonte da imagem: https://administradores.com.br/artigos/20-dicas-poderosas-para-voce-se-relacionar-melhor-com-as-pessoas

SCALA EM MOVIMENTO, PARCERIA  E AMIZADE  EM  TEMPESTUOSOS  TEMPOS!!

sexta-feira, 5 de junho de 2020

ATENÇÃO QUERIDOS ALUNOS: AVISOS MUITO IMPORTANTES A TODOS!!


Arte: ProfªJeniy Konishi


SCALA  EM  MOVIMENTO, INFORMAÇÃO EM  TODO  O  TEMPO !!

MOMENTO CULTURAL: ARTIGO - "ATÉ QUANDO ?" / ROSANE DIAS

http://nunc-eros.blogspot.com/2011/11/crianca-nao-nasce-preconceituosa.html


Até quando?

Rosane Dias

Duas gigantes nações, dois povos distintos num mesmo continente. Muito triste ver a morte de uma pessoa de firma fria e absolutamente absurda como foi a do cidadão norte americano George Floyd, nos Estados Unidos da América. 
Mais cruel e presenciar a barbárie num país que se constitui de negros e imigrantes, matar e matar e matar. Há dias a população norte americana, num ato de bravura vem se manifestando e removendo os conceitos daquele país que se pensa “dono do mundo”.
Atos mundialmente visto e aplaudido, causando comoção mundial. Fato: a vítima era negra. Brasileiros encheram seus perfis com sua indignação, muito válida por sinal, numa demonstração de repúdio ao ato vil daquele policial. Brasil, ano de 2020, em plena pandemia de Covid19, uma mãe confia seu pequeno filho , Miguel de apenas cinco anos, nas mãos da sua patroa, esposa de político, enquanto passeia com o animal de estimação da mesma.
Mal sabia ela que perderia seu filho por negligência da patroa. O pequeno garoto cai do prédio e morre, caindo do nono andar. Fato: a vítima era negra e criança. Ambos os casos foram amplamente noticiados pelas mídias locais onde as populações assistem estarrecida as cenas, uma intencional e outra negligente, com descaso aparente, pois não se revela uma preocupação na patroa vem remover Miguel do elevador. Pelo contrário!! A mesma aciona o botão de andar superior. 
A pergunta: Até quando? Até quando assistiremos essas notícias? Qual a diferença entre George Floyd e Miguel? O povo brasileiro se revoltou com a vítima norte americana, mas a vítima brasileira não me pareceu comover a sua gente a ponto de mobilizar as massas. Triste pais que não cuida dos seus!
Triste pais com leis brandas quando o transgressor pertence a alta casta social. Triste esse país que assiste ao racismo calado. Triste e empobrecido pais que enterra seus mortos numa postura cega como a justiça e a seu principal comandante.
Nos resta esperar que uma hora, esse gigante adormecido de fato acorde! Acorde para as justiças sociais. Acorde na hora da escolha do seu comandante, lute por seus direitos e vida digna. Será que resta esperança??!?!

Racismo em EL PAÍS
Criança que se acidentou no Pernambuco. Os nossos sinceros sentimentos à família


SCALA EM MOVIMENTO DIZENDO SEMPRE: NÃO AO PRECONCEITO!!

MOMENTO CULTURAL - ARTIGO: "A importância do combate da patologia mundial do racismo."- Prof.Sérgio Luiz de Mello


13 razões para lembrar que o racismo ainda existe e precisa ser ...
Fonte: https://catracalivre.com.br/cidadania/13-razoes-para-lembrar-que-o-racismo-ainda-existe-e-precisa-ser-combatido/

Vivemos num período de muitas tensões em razão de múltiplos motivos, cuja tónica que nos sufoca por ora, é a Pandemia do Corona Virus no Brasil e no Mundo, agora aparece para completar todas as angústias a vergonhosa manifestação nos EUA, o que resultou em morte de um cidadão de bem, o George Floyd, por um policial branco, que o asfixiou com o joelho, pressionando o seu pescoço ao chão.
No Brasil, a escravatura já a 127 anos foi abolida por assinatura da Lei Áurea- pela Princesa Isabel, no entanto, guardamos ainda resquícios desse grande mal social pois ainda temos um racismo não totalmente exposto, algo que ainda habita nas entranhas de cada pessoa, às vezes revelado em brincadeiras de mal gosto, em formas de bullying , cyberbullying e, em pequenas ações que às vezes ele (racismo) passa despercebido.
O site do Catraca Livre traz-nos de forma bem lúcida, "13 razões para lembrar que o racismo ainda existe e precisa ser combatido"- que pode ser acessada no site: https://catracalivre.com.br/cidadania/13-razoes-para-lembrar-que-o-racismo-ainda-existe-e-precisa-ser-combatido/ - nos informa o quanto precisamos ter em nossas personalidades e corações, conhecimentos suficientes que nos façam seres humanos mais humanos, empáticos e solidários.
E o que se observa o quanto sofrem os negros em nosso país, do mais simples ao mais erudito, do anônimo ao mais famoso, do menor ao maior. Existem muitas ações racistas e poucas que buscam conscientizar e formar os cidadãos. O que se deve fazer além das manifestações populares para resolver de vez essa questão?
Penso que infelizmente, o racismo esteja miscigenado em nossos genes. Historicamente, o povo negro sempre foi marginalizado pela coroa portuguesa e pelos primeiros habitantes europeus que aqui vieram para ganhar a terra e expulsar os verdadeiros donos dela, os índios.
Depois, em nossos momentos de entretenimento, fomos domesticados ao vermos novelas e filmes que sempre retrataram as minorias com papéis secundários e até mesmo terciários. O mocinho e a mocinha sempre eram brancos, cabelos escuros e loiros, muitos de olhos claros e castanhos. O negro sempre era o servo submisso, tratado como bicho e nunca tinha um final muito feliz para ele.
Esse racismo genético e social, é necessário ser tratado com mais cuidado e com estratégias sociais mais igualitárias. Não nos bastará fazer caminhadas, protestos em praças e ruas. É mister que educação, família e outros segmentos sociais se unam em prol de um bem comum, a igualdade dos direitos das raças. Escolas e famílias precisam realizar os seus deveres objetivando a formação de cidadãos melhores e preparados para os desafios do presente século.
Para entendermos um pouco o racismo nos EUA é pertinente conhecer o significado de Segregação Racial , que é bem exposto no site Mundo Escola, que define:"...no contexto da Idade Contemporânea, pode ser definida como um tipo de política de Estado que tem por objetivo separar indivíduos ou grupos de indivíduos de uma mesma sociedade por meio de critérios raciais (ou étnicos). Esse tipo de medida passou a ser executado a partir do fim do século XIX e teve forte vigor no século XX, em países como a Alemanha nazista, com o antissemitismo, a África do Sul, com o apartheid, e os Estados Unidos da América."
Ainda o mesmo site (Mundo Escola) temos a seguinte complementação:
"Sabemos que os EUA foram formados, inicialmente, por colonos ingleses, que deram origem às chamadas Treze Colônias na costa Leste do país. No entanto, as colônias do Sul tiveram um desenvolvimento diferente daquelas do Norte. Enquanto no Norte houve o modelo da pequena propriedade privada, do trabalho livre e assalariado e do desenvolvimento da indústria, no Sul prevaleceu o modelo da grande propriedade de terras e da monocultura (que caracteriza a chamada plantation). Nesse modelo, ao contrário do que vigorou no Norte, assentou-se o uso do trabalho escravo, mais precisamente de escravos negros do continente africano.
Sendo assim, durante o período em que predominou a escravidão no Sul dos EUA, os negros escravos eram, assim como no Brasil e em outras partes do mundo à época, considerados mercadoria de seus donos e não indivíduos portadores de direitos." Um exemplo pelo cinema a meu ver é o filme "Doze anos de escravidão"- que resume todo o sentimento de racismo e preconceito enraizado no solo ianque.
Por mais que fiquemos aqui tentando explicar ou argumentar sobre o racismo, não encontraremos todas as respostas. Brasileiros, americanos e outras nações precisam urgentemente retomar o caminho do respeito mútuo e amor à vida. Não é a cor da pele que define o que somos ou que seremos na sociedade. Somos inicialmente, seres humanos e dotados de uma certa razão.
No entanto, acredita-se que o Homem Moderno tenha se contaminado com um vírus complexo de ser curado, que lhe tira a sensatez, o amor próprio e em seu semelhante, a empatia, a solidariedade e racionalidade, tal vírus o leva à patologia racista. Curar o Homem de tal doença não é algo fácil, porém, necessário. Temos que unir todas as forças possíveis, na tentativa de evitar tal contaminação e, ou pelo menos, amenizar os efeitos maléficos, a fim de evitar estragos sociais, o que pode marcar vidas inocentes, castigadas pelas circunstâncias da vida. Essas pessoas possuem sempre os mesmos direitos e as mesmas obrigações perante a lei, todas são da mesma cor.
O futuro social é tão incerto quanto ao término imediato da pandemia mundial em que vivemos. O Homem precisa urgentemente se auto analisar, se reinventar, se restaurar enfim... se reconstruir! Não podemos admitir nenhuma forma de racismo nas relações sociais, nenhuma violência física que resulte em morte bestializada pelo lema do possível "dever". O que leva um ser humano tirar a possibilidade de outro respirar? Capricho? Vaidade? Ostentação de um efêmero poder?
O que fez George Floyd para morrer asfixiado por um joelho sujo e cruel de um policial branco? O que fizeram os nossos irmãos negros que foram arrancados de seu berço esplêndido, para serem jogados nos imundos porões dos navios negreiros e depois nas senzalas das fazendas brasileiras? Não consigo responder tais inquietações.
O tema é tão atual que merece ser ilustrado com alguns dos versos do poeta baiano Castro Alves, da 3ª Geração Romântica Brasileira, do poema "Navio Negreiro", que diz:


"Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infãmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!..."

Não vamos deixar que a nossa bandeira encubra covardias e infâmias mais uma vez. Combater o racismo é algo importante. Comecemos pelas nossas casas, nossas cidades, o nosso Estado, o nosso País e depois, outros lugares. Não podemos mais adiar isso, fingir que não é conosco. Floyd morreu pedindo: "Please, I can't breathe"- "Por favor, não consigo respirar", foi silenciado por um joelho covarde, de um policial covarde. Acreditamos que agora Floyd esteja respirando ares de justiça, enquanto seu inquisitor, esteja respirando ares de impunidade. Não podemos nos calar e precisamos permitir que todos, independente de cor, raça, religião, opção sexual e outros, possam respirar o H2O existente na atmosfera terrestre, pois, ele é para todos e, não somente para uma única raça humanoide!